segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Eleição de Dilma Rousseff



A economista Dilma Vana Rousseff, eleita presidente do Brasil, no segundo turno em 31 de outubro de 2010, é a 36ª presidente da República e a primeira mulher a ocupar o cargo na história do Brasil. Na América Latina, Dilma é 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente.
 Vencedora numa campanha difícil, marcada por escândalos, ataques pessoais, boatos na internet e debates religiosos. Obteve 56,05% dos votos válidos contra seu adversário José Serra (PSDB), que obteve 43,95% dos votos.
 Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 14 de dezembro de 1947 é filha de um imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva.
 Após o Golpe Militar de 1964, Dilma passou a integrar movimentos de luta armada de esquerda. Integrou organizações de combate à ditadura como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (Var-Palmares) no final dos anos 60 e início dos anos 70. Como militante política foi presa e sofreu tortura física. Dilma deixou a prisão no final de 1972, quando abandonou a luta armada.
Mais tarde participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola e exerceu cargos políticos em governos no Rio Grande do Sul. Em 2001 filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a partir de 2002, no governo Lula, foi secretária de Minas e Energia, depois ministra de Minas e Energia (2003-2005). Com o escândalo do Mensalão, em 2005, e a consequente queda do então chefe da Casa Civil José Dirceu, passou a ocupar o cargo de ministra-chefe da Casa Civil.
 Escolhida por Lula como candidata a presidente, Dilma enfrentou um câncer linfático em 2009, no momento em já era apontada como candidata do PT à Presidência.
 Na campanha contou com o apoio do presidente Lula e da coligação que obteve o apoio do PMDB, a candidata cresceu nas pesquisas, alcançando cerca de 50% das intenções de voto. No segundo turno, teve apoio do PT, PMDB, PC do B, PR, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC, PTN E PP.
 A eleição de Dilma Rousseff representa para muitos analistas, o desejo de continuidade das políticas econômicas e social do governo Lula.
 As principais propostas da sua campanha estão vinculadas com os programas do governo Lula, como:
 Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007, o programa é um pacote de investimentos em infraestrutura que visa melhorar a economia.
 Luz para Todos, programa criado em 2003, com o objetivo levar luz elétrica a toda à população que vive em zona rural.
 Bolsa Família, programa de transferência direta de renda que distribui anualmente cerca de 13 bilhões de reais para mais de 12 milhões de famílias.
 Houve ainda a valorização do salário mínimo, que segundo o Dieese teve aumento real, descontada a inflação de 53% entre 2003 e 2009, beneficiando 46 milhões de pessoas.
 O governo Lula avançou no combate à pobreza. Segundo o IBGE a desigualdade de renda diminuiu entre 2001 e 2009, devido aos programas sociais do governo. Quase 30 milhões de brasileiros deixaram a pobreza entre 2001 e 2009 e passaram a integrar a classe média, que engloba hoje mais da metade da população brasileira.
 A presidente Dilma terá muitos desafios pela frente. Apesar dos avanços na área social, ainda há 30 milhões de pobres e miseráveis.  Um sistema público de saúde precária, melhorar a qualidade da educação básica. No Brasil ainda são elevados os índices de repetência e de abandono da escolar. A necessária   Reforma na Previdência e no Sistema Tributário e manter a estabilidade econômica, ampliando as conquistas na área social, legadas pelo governo Lula.
 Temos uma infraestrutura deficitária, principalmente de estradas, portos e aeroportos. Um desafio que precisa ser resolvido rapidamente para dois grandes eventos a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário